A sala da Jardinagem no Centro de Atividades Ocupacionais é um espaço que funciona por grupos, de forma rotativa e sequencial, e que é orientado desde a sua criação pela monitora Sandra Honório. Em cada dia esta sala é frequentada por um grupo de jovens distinto, que procuram explorar os seus dotes na jardinagem, ao mesmo tempo que melhoram continuamente a sua destreza e habilidade manual.
Neste espaço desenvolvem-se diariamente diferentes atividades lúdicas, cuja maior parte é realizada em conjunto com os formandos de Jardinagem da valência CRP, adequando-se sempre às capacidades dos grupos que frequentam a sala da Jardinagem no CAO. As atividades vão desde o tratamento da hortinha biológica e espaços verdes, através da rega, poda, remoção de ervas daninhas, corte da relva, manutenção dos canteiros, elaboração de caldeiras, sementeira, etc., até ao processo de compostagem, do qual resulta um composto que é depois vendido ou utilizado nas próprias plantas.
Para a realização do processo de compostagem os vários intervenientes, tanto do CAO como do CRP, recolhem borras de café em vários cafés de Tomar que se ofereceram para as disponibilizar gratuitamente.
Para além disto é ainda da responsabilidade dos utentes que passam pela sala da Jardinagem e dos formandos do CRP nesta mesma área a elaboração de estacas de plantas, a manutenção dos canteiros de interior e a realização de vendas dos produtos provenientes da horta, flores e composto, normalmente em épocas do ano específicas, como por exemplo o Dia da Árvore.
Covém salientar que alguns dos utentes desta sala e dos formandos de Jardinagem do CRP já estiveram envolvidos na apanha de frutas, de que são exemplo as ameixas e as laranjas, em propriedades de pessoas que não conseguem consumir todos os frutos sozinhos e como tal oferecem-nos ao CIRE, sob a condição de sermos nós a ir apanhá-los.
Com algumas da laranjas apanhadas, pudémos fazer alguns licores tendo este fruto por base, para serem comercializados na "Feira da Laranja Conventual" .
Para a realização do processo de compostagem os vários intervenientes, tanto do CAO como do CRP, recolhem borras de café em vários cafés de Tomar que se ofereceram para as disponibilizar gratuitamente.
Covém salientar que alguns dos utentes desta sala e dos formandos de Jardinagem do CRP já estiveram envolvidos na apanha de frutas, de que são exemplo as ameixas e as laranjas, em propriedades de pessoas que não conseguem consumir todos os frutos sozinhos e como tal oferecem-nos ao CIRE, sob a condição de sermos nós a ir apanhá-los.
Com algumas da laranjas apanhadas, pudémos fazer alguns licores tendo este fruto por base, para serem comercializados na "Feira da Laranja Conventual" .
Já tivemos ainda a oportunidade de realizar a apanha da azeitona nas oliveiras que temos na nossa instituição e produzir algum azeite muito saboroso.
De facto esta é uma sala que oferece a todos os utentes que a frequentam um equilíbrio entre as atividades de exterior e as de interior, que normalmente estão reservadas para quando esta muito calor ou mau tempo para andar ao ar livre.
Dito isto, importa referir que também as atividades de interior são variadas e extremante lúdicas, podendo os utentes dedicar-se a: criar bijuteria (ex: fios, pulseiras, aneis) recorrendo à massa fimo, missangas, feltro, elásticos e/ou tecidos; fazer pequenos trabalhos de artesanato (ex: carteirinhas de tecido); fazer maçarocas de alfazema, que mais não são do que cheirinhos para meter nas gavetas e que têm tido um enorme sucesso; acompanhar o processo de secagem e colocação dentro de carteirinhas das sementes de salsa e de coentros para mais tarde poderem ser semeadas; fazer reciclagem de garrafas e garrafões tornando-os vasos, regadores ou até mesmo flores decorativas, através da reutilização cri ativa de vários objetos velhos que têm à sua disposição.
[Num pequeno à parte é conveniente fazer alusão ao enorme interesse que cada vez mais é demonstrado pelos utentes face às diversas técnicas de reciclagem e que poderá estar a ser despoletado sobretudo pelo facto destes por vezes frequentarem sessões de esclarecimento e debates sobre esta temática.]
A adequação das tarefas às necessidades de cada um (na jardinagem, por exemplo, alguns dos utentes mais dependentes limitam-se a segurar os baldes, mas já estão a ajudar), ao facto de ser um trabalho tanto de interior como de exterior e de poderem lidar com alguns dos formados do CRP, são as forças motrizes para que os utentes gostem de frequentar a sala da Jardinagem, se sintam motivados e se mexam.
Mas, o que é certo é que para a realização de todas atividades de uma forma correta e ordenada é imprescindível a presença de uma monitora paciente mas com "pulso firme", focada na passagem diária dos seus conhecimentos aos utentes, com o intuito dos mesmos continuarem a evoluir e a desabrochar de uma forma benéfica para eles.
Mas, o que é certo é que para a realização de todas atividades de uma forma correta e ordenada é imprescindível a presença de uma monitora paciente mas com "pulso firme", focada na passagem diária dos seus conhecimentos aos utentes, com o intuito dos mesmos continuarem a evoluir e a desabrochar de uma forma benéfica para eles.
A monitora Sandra Honório está ligada ao CIRE desde os seus 20 anos (1995), altura em que começou a voluntariar na Instituição pois queria ir para África no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Integrado de Tomar (PDIT) e foi-lhe exigido que cumprisse um ano de voluntariado cá em Portugal antes de poder "embarcar" nessa aventura. E assim foi, a atual monitora Sandra cumpriu o seu ano de voluntariado no CIRE (apesar de incialmente lhe ter calhado o Centro de Assistência da Serra e só através de uma troca direta com outra voluntaria ter vindo parar ao CIRE) durante o qual, a pedido da Dr. Helena Santos, desenvolveu sobretudo trabalhos relacionados com jardinagem, uma vez que possuia formação na área Agrícola.
No ano 1996 surgiu a oportunidade da Sandra assinar um contrato a meio termo com o CIRE, para desempenhar funções semelhantes às que desempenhou durante o seu ano de voluntariado. Chegada a este ponto a monitora Sandra ficou muito dividida e perguntou-se a si mesma vezes sem conta "Vou para África ou fico aqui?". A resposta final foi "Fico aqui!" e essa mesma reposta surgiu sobretudo pelo facto de ter adorado a sua experiência de voluntariado e de ter sido cativada pelos utentes.
Desde a sua entrada para o CIRE a monitora Sandra esteve sempre ligada à sala da Jardinagem, mas também já esteve responsável pelo acompanhamento de alguns dos utentes ao nível do seu transporte para a escola e para as respetivas casas (quer na carrinha do CIRE quer nos autocarros da rodoviária), pelo acompanhamento dos utentes nas sessões de hidroterapia e pela vigilância dos intervalos dos utentes.
Durante os últimos 19 anos a monitora Sandra adoptou sempre a postura de fazer pelos seus utentes exatemente o mesmo que faria pelos seus próprios filhos, "aplaudindo" as suas conquistas e mimando-os com beijos e carinhos, mas também chamando a atenção quando estão errados, fazendo com que se tornem capazes de distinguir o bem do mal.
A monitora Sandra não se cansa de dizer que "Simplesmente, gosto muito disto. Estes meninos podem não ter tudo, mas têm uma sensibilidade acima da média. No final de cada dia levamos muito mais daqui do que aquilo que cá deixamos. Saímos de coração cheio!".
Apesar de tratar todos os utentes com um enorme carinho e dedicação, a monitora Sandra Honório possui uma afeição especial pelo utente Márinho, por ser um menino pelo qual já ficou responsável vários anos no âmbito das colónia de férias, e pela utente Clara que a considera como sendo a sua segunda "mãe".
Desde a sua entrada para o CIRE a monitora Sandra esteve sempre ligada à sala da Jardinagem, mas também já esteve responsável pelo acompanhamento de alguns dos utentes ao nível do seu transporte para a escola e para as respetivas casas (quer na carrinha do CIRE quer nos autocarros da rodoviária), pelo acompanhamento dos utentes nas sessões de hidroterapia e pela vigilância dos intervalos dos utentes.
Durante os últimos 19 anos a monitora Sandra adoptou sempre a postura de fazer pelos seus utentes exatemente o mesmo que faria pelos seus próprios filhos, "aplaudindo" as suas conquistas e mimando-os com beijos e carinhos, mas também chamando a atenção quando estão errados, fazendo com que se tornem capazes de distinguir o bem do mal.
A monitora Sandra não se cansa de dizer que "Simplesmente, gosto muito disto. Estes meninos podem não ter tudo, mas têm uma sensibilidade acima da média. No final de cada dia levamos muito mais daqui do que aquilo que cá deixamos. Saímos de coração cheio!".
Apesar de tratar todos os utentes com um enorme carinho e dedicação, a monitora Sandra Honório possui uma afeição especial pelo utente Márinho, por ser um menino pelo qual já ficou responsável vários anos no âmbito das colónia de férias, e pela utente Clara que a considera como sendo a sua segunda "mãe".
Esta utente teve o infortúnio de perder a sua mãe biológica e vê na monitora Sandra uma figura maternal e uma confidente, não só pela forma atenciosa como lida com cada um dos utentes, mas também pelos seus pequenos gestos plenos de significado dos quais é um bom exemplo o facto da mesma oferecer sempre uma flor à Clara no Dia da Mãe para que esta possa ir colocar à campa da mãe.
A sua entrega, dedicação e amor pelos utentes e pelo que faz são evidentes, espelhando-se diariamente em todo o trabalho realizado pelos utentes que frequentam a sala da Jardinagem do Centro de Atividades Ocupacionais.
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