quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Terapia Assistida por Animais - Inês Maroco

Ontem à tarde, na sala CAO 1, decorreu uma sessão de terapia assistida por animais conduzida pela voluntária do Centro de Atividades Ocupacionais Inês Maroco. Nesta sessão, o cão trazido pela nossa voluntaria funcionou como um estímulo sensorial para os utentes desta sala, uma vez que foi capaz de estimular vários sentidos em simultâneo através da forma como se movia (estimulação da visão), dos sons e vocalizações que emitia (audição), cheiros que emanava (olfato) e texturas inerentes às suas características enquanto animal, como por exemplo, o pêlo e a temperatura corporal, possíveis de sentir quando era tocado (tato). Foi uma sessão muito interessante e benéfica para os utentes deste grupo.


As Terapias Assistidas por Animais (TAA), consistem na utilização de animais, com finalidade terapêutica para doenças emocionais, físicas e mentais (Turner, 2005) e o animal é treinado para interagir com pessoas e realizar exercícios supervisionados, segundo a elaboração de um plano de intervenção efetuado por um especialista, visando auxiliar a melhoria de aspetos emocionais, sociais, físicos e cognitivos. Para além disto, da TAA, faz parte um conjunto de indicadores que permitem documentar a evolução da terapia (Bussoti, 2005).

A Atividade Assistida por Animais (AAA) é uma atividade esporádica, que visa a recreação e o entretenimento (e não requer a elaboração de um plano terapêutico e pode ser realizada por um indivíduo que não seja um terapeuta especializado (Ptak, 1995).







O planeamento em Terapias Assistidas por Animais (TAA), é considerado um plano de ação de um projeto com objetivos e resultados onde é avaliada a intervenção através de indicadores longitudinais (no início e no fim da intervenção) e periódicos (em cada sessão). 

Pressupõe-se que o planeamento seja dinâmico e interativo, e que possa alterar a realidade, sendo este o objetivo principal de qualquer intervenção em TAA, uma vez que, os objetivos específicos não alteram a realidade diretamente mas contribuem para que o objetivo principal seja cumprido. 

O animal como parte integrante de uma terapia, constitui um facilitador que promove a comunicação através de uma interpretação menos ameaçadora das aproximações sociais entre técnico e paciente. Numa sessão de terapia, o cão poderá ter vários papéis, consoante os objetivos e procedimentos determinados para a sessão. Assim sendo, o cão poderá ser utilizado como um modelo (onde a sua conduta será imitada pelo cliente - e.g. o cão faz um circuito e a criança/jovem adulto/imita o cão); como apoio (onde a sua conduta e a do utente são realizadas em simultâneo e o cão serve como um apoio – e.g. o cão e a criança/jovem/adulto realizam um circuito ou atividade juntos) ou como consequência (em que a criança/jovem adulto é reforçado com o animal – e.g. escolhendo um jogo para fazer com ele – depois de realizar uma atividade/tarefa). Poderá ainda, funcionar como uma motivação para obter o maior envolvimento da criança na terapia e como um fim para obtenção dos objetivos que se propõem trabalhar. Além do mais, ao fomentar emoções positivas, o cão, funciona como um catalisador, desbloqueador e facilitador da relação e comunicação.

Inês Maroco

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